O silêncio abriga-as e recolhidas não se soltam,
coladas à garganta, que sufocada pela inação,
não as deixa fluir.
A minha voz, cada vez mais rouca,
imperceptível, não soletra nenhuma palavra,
nem uma sílaba, uma letra sequer.
Na minha angústia brado ao vento
que me sopre uma brisa, um novo alento,
que me deixe respirar as palavras.
Num instante os sentidos despertam.
As palavras brotam e com elas
novos versos, novas rimas, preenchem
o meu vazio e a essência é revelada.
@Emília Simões
31.05.2025